sábado, 16 de junho de 2007

Plymouth Belvedere - Enterrado durante 50 anos

Cinquenta anos atrás, os habitantes de Tulsa – cidade no estado de Oklahoma, nos Estados Unidos – fizeram do sonho de consumo da época uma cápsula do tempo. Enterraram um carro (como Doc fez com o Delorean) no centro da cidade, e marcaram a data para ser desenterrado: hoje (16/06/2007). 

O carro-fóssil era um Plymouth Belvedere de 1957, conhecido nos EUA como rabo-de-peixe. (Foto: Reuters)

Era um carro, equipado com tudo o que se acreditava, há 50 anos, que seria necessário para sobreviver em 2007. O sonho resistiu pouco à passagem do tempo.

Pelo visto, a ideia de enterrar um carro por Doc Brown é perfeitamente plausível

O carro foi enterrado com quarenta litros de gasolina; imaginava-se que no futuro haveria um outro combustível qualquer. Mas, afinal, o mundo não mudou tanto assim. No porta-luvas do carro, foram deixadas coisas que uma mulher moderna usaria em 1957: um batom, rolos de cabelo, um frasco de tranquilizante e US$ 2,43 – que na época seriam suficientes para pagar um almoço. Hoje, mal pagam um sanduíche.

O modelo enterrado escolhido, um Plymouth Belvedere 1957 (mesmo modelo do filme Christine - O Carro Assassino de 1983) zero quilômetro, dourado e branco, repleto de lembranças daqueles dias, fazia parte de um concurso. Os participantes tinham que adivinhar quantos habitantes Tulsa teria em 2007. A lista das apostas está num microfilme dentro do carro. Quem tiver chegado mais perto do número – que é de 382 mil habitantes – ganha o Belvedere. Se o vencedor tiver morrido, o carro irá para os herdeiros.

Aos 98 anos, Max True, acompanhou a retirada do rabo-de-peixe da cápsula de cimento construída pela sua empresa em 1957, que tinha como objetivo proteger o carro de um possível ataque nuclear. Infelizmente, o cimento permitiu infiltração de água que corroeram a lataria do carro, resgatado todo enfurrujado. (Foto: Reuters)

Tulsa parou para ver o Plymouth ser retirado do buraco onde passou os últimos 50 anos. O revestimento de concreto era para resistir a um ataque nuclear – outra preocupação dos anos 50 – mas permitiu a infiltração de água.

Mesmo enferrujado, o Plymouth Belvedere 1957 participou das comemorações dos 100 anos do estado de Oklahoma, nos EUA. (Foto: Reuters)

Foi uma tremenda decepção. O carro mandado para o futuro acabou chegando todo enferrujado. O belo Plymouth dourado acabou como os sonhos dos anos 50: perdido para sempre. Ainda não se sabe quem acertou a população da cidade, mas o vencedor irá receber as chaves do carro daqui a uma semana. (Atualizado: veja aqui informações do vencedor)

Num tom de brincadeira, o recorde ainda permanece com o Delorean que ficou enterrado durante 70 anos, 2 meses, 7 dias, 2 horas e 4 minutos!

FONTE: Globo

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