segunda-feira, 21 de março de 2005

Morreu John Z. DeLorean

O adeus ao criador do carro mais icônico de todos os tempos!


John Zachary DeLorean, desenhista do carro dos três filmes da trilogia Back to the Future, morreu aos 80 anos de idade em Nova Jersey, na noite de 19 de março de 2005, em razão de complicações decorridas de um recente ataque cardíaco.

DeLorean nasceu e foi criado em Detroit, Michigan, em 6 de janeiro de 1925 e era formado em engenharia mecânica. Por toda a sua vida se envolveu com a indústria automobilística. Filho de uma família de classe média baixa dos Estados Unidos, cujo pai era operário de fundição da Ford, começou cedo sua carreira sendo chamado para ser o engenheiro chefe da Pontiac. Ficou conhecido por ter trazido a vida o Pontiac GTO em 1964. DeLorean teve uma brilhante carreira na Pontiac, e aos 44 anos (em 1969) foi promovido para gerente geral da Chevrolet

Em 1973, DeLorean foi promovido para vice-presidente das divisões de automóveis e caminhões da General Motors americana, onde promoveu a fabricação de veículos de tamanho pequeno. Posteriormente, ele foi indicado para ser o próximo presidente da GM, mas devido a constantes desavenças com a administração, ele saiu da GM.

Finalmente em 1975, John Z. DeLorean fundou sua própria empresa automobilística, a DeLorean Motor Company Ltd. (batizando-a com o seu sobrenome), cujo objetivo era:


"Desenhar e construir um carro que deve ser tão seguro quanto possível, confiável, confortável, prático e bem construído, que tenha um grande prazer ao dirigi-lo e com uma inconfundível elegância em sua aparência".

O seu primeiro automóvel, o DeLorean DMC-12, foi planejado para estrear em 1978, mas somente saiu em 1981. Foram fabricadas cerca de 9200 unidades desse modelo entre 1981 e 1982 (alguns modelos de 1982 foram produzidos como Ano/Modelo 1983), antes da empresa DeLorean Motor Company Ltd falir em 1983.

As vendas iniciais do DMC-12 foram excepcionais. Mas em 1982, as vendas caíram drasticamente e forçou John Z. DeLorean a procurar apoio financeiro.


Os primeiros carros começaram a sair da fábrica na Irlanda do Norte em 21 de janeiro de 1981, mas os atrasos e gastos fora do planejamento deixaram a DeLorean praticamente sem dinheiro, e John DeLorean recorreu ao governo britânico para investir outros 14 milhões de libras e mais 10 milhões em empréstimos de curto prazo. Mesmo assim, a DMC estava operando com um prejuízo de 18,6 milhões de dólares.

Infelizmente, os carros não atenderam à expectativa criada. A DMC havia planejado uma agenda de testes ambiciosa e rigorosa, mas no fim do primeiro semestre de 1981 havia muita pressão para que o carro fosse logo lançado. Por isso, a qualidade de construção dos primeiros cem ou duzentos carros era constrangedora, e a maioria precisou ser reconstruída nos EUA. Para piorar a história, estas primeiras unidades foram destinadas aos principais investidores do projeto.

O maior problema era o desempenho do carro com uma tocada mais entusiasmada, onde ele se mostrava instável e incômodo. O desempenho em linha reta também não era dos melhores. Com o câmbio original de 5 marchas o tempo de aceleração de 0 a 100 km/h era de 9,5 segundos e a velocidade máxima ficava na casa dos 197 km/h. A aceleração até o limite também era bastante demorada. Esse desempenho não era dos piores em 1981, mas ele ficava bem atrás de outros esportivos de sua faixa de preço.

Para piorar, ele era 25% mais caro que o Corvette, o Datsun 280ZX Turbo e o Porsche 924 Turbo - todos eles mais rápidos que o DMC-12. DeLorean não deu bola para esses problemas, dizendo que o consumidor comum não se importava com desempenho e queria apenas rodar por aí com estilo. Apesar disso, ele prometeu lançar no futuro uma versão biturbo para colocar o DMC-12 no nível dos esportivos de sua época.

Antes disso a inflação e a flutuação do câmbio (de Libra Esterlina para Dólar) fez o preço do DeLorean disparar para mais de US$ 25.000, mais que o dobro do preço original. Apesar do otimismo de DeLorean (que chegou a dizer que venderia 30.000 carros por ano em breve), a empresa estava perdendo dinheiro de forma preocupante.


DeLorean caiu em desgraça quando foi detido em Los Angeles por tentar vender cocaína no valor de 24 milhões de dólares para salvar a sua empresa da falência. Ele foi declarado inocente após demonstrar que os agentes incitaram-no a cometer o delito.

Em fevereiro de 1982, a DMC acumulava mais de US$ 800.000 apenas em juros sobre os pagamentos atrasados e fornecedores como a Renault já começavam a fazer ameaças. Antes do fim daquele mês, o governo passou a confiscar o dinheiro recebido pela DMC, e DeLorean já não poderia mais controlar sua própria fábrica — a menos que encontrasse uma forma de pagar os US$ 20 milhões devidos pela empresa.

O governo britânico decidiu manter a fábrica em operação até 31 de maio de 1982, com uma redução significativa no quadro de funcionários. Eles já não produziam mais novos carros — apenas montavam os carros que já haviam sido produzidos até então para vendê-los e facilitar a liquidação da fábrica.


“Esta é a última porta direita a ser fabricada na DMC. Ela foi feita por B. Atkinson, Brian Boyle, Phil Gough, Hugh Barrett, RJ Conden. K. Ferris, Boatman. O fim de um sonho. Será?”

O Resultado

No fim, o DMC-12 ficou com um preço por volta de US$ 28.000 e tinha como característica as portas asa-de-gaivota, motor traseiro, vigia traseira em persianas (copiada do Lamborghini Miura e do Lancia Stratos), e a carroceria de aço inoxidável. O interior era disponível em preto ou cinza, com bancos de couro, vidros verdes e espelhos elétricos, ar condicionado, painel completo e coluna de direção ajustável.

No conceito de John, o DMC-12 era o "carro ético", produzido para ter vida longa e dar muita segurança aos seus passageiros. Os painéis exteriores de aço inoxidável (oito vezes mais caro que o aço estampado comum) são fixados com parafusos, preferidos em lugar de solda, para facilitar reparos. As portas asa-de-gaivota foram escolhidas por motivo de segurança (têm menor tendência a se obstruir em uma colisão) e por motivo de estética, pois dava um toque diferente ao carro.

O aço inoxidável de sua carroceria não precisa de pintura ou cera, a única preocupação eram os arranhões, elimináveis com a ajuda de uma escova de palha de aço especial. O aço inoxidável fazia de John DeLorean um pouco parecido com Henry Ford, que não admitia outra cor para seus carros que não o preto: o DMC-12 pode ser escolhido na cor que o proprietário quiser, desde que seja o aço levemente amarelado, cujos "tons variam suavemente com a luz do céu".

No entanto, a história nos mostrou que os carros Delorean DMC-12 só obtiveram caráter de culto a partir de 1985, ao serem adaptados como máquina do tempo nos filmes Back to the Future protagonizados por Michael J. Fox e Christopher Lloyd.

A morte de John Z. DeLorean foi um grande choque aos donos e fãs de sua mais famosa criação, o seu sonho, o DMC-12.

Lápide real de John Z. DeLorean

Informação retirada da revista Turbo
Sites: http://delorean.com/ e http://www.flatout.com.br

sábado, 12 de março de 2005

Michael J. Fox está melhor!!

O ator Michael J. Fox, astro de filmes clássicos como Back to the Future e de séries como "Caras e Caretas" e "Spin City", largou a carreira há cerca de 3 anos para, segundo ele, estar com a família no pouco tempo que lhe restava de vida. Estava a espera apenas da morte.

Ele sofre do Mal de Parkinson, doença degenerativa que, aos poucos, destrói os nervos da pessoa e a leva à morte. Mas, segundo a família e os amigos, o tratamento que Michael está a submeter finalmente está a fazer efeito: ele está bem melhor, a tremedeira e os espasmos típicos da doença quase acabaram, no que está sendo considerado um milagre pelos que cercam Michael. A melhora é tanta que, aos poucos, Michael tem voltado a aparecer na TV. Pode ser visto em episódios recentes do excelente sitcom Scrubs e, se continuar a melhorar, logo logo vai poder até voltar ao cinema.

Quem sabe assim possamos sonhar com um Back to the Future 4? Na onda de refilmagens e continuações que inclui até 'Indiana Jones 4', não seria de espantar. Detalhe: Michael, apesar de seus 43 anos e da doença, continua com a mesma cara de jovem que o tornou famoso.


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